Revisão integrativa x revisão sistemática
As formas de revisão literária são uma parte de grande importância em um trabalho acadêmico, principalmente quando levamos em consideração a importância que as conclusões finais possuem.
Porém, engana-se quem pensa que todas as formas de revisão são iguais.
Basicamente, podemos dizer que existem muitas formas diferentes de revisão de literatura e a tendência é que elas sejam utilizadas de maneira diferente de acordo com o objetivo do seu trabalho.
A revisão integrativa e a revisão sistemática são coisas diferentes, e por isso é importante que você entenda mais sobre as duas para depois podermos diferenciar ambas, e assim, você possa escolher qual mais combina com seu projeto.
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O que é a revisão integrativa?
Pode-se dizer que a revisão integrativa possui um nome autoexplicativo: ela integra mais de uma forma de obtenção de dados em uma única pesquisa, e por isso possui resultados muito abrangentes.
A revisão integrativa mistura dados quantitativos, estudos experimentais e os analisa de um ponto de vista teórico.
Ou seja, utiliza dados de pesquisas primárias e analisa-os à luz de pesquisas secundárias.
Essa forma de revisão pode dar um ponto de vista muito amplo para o pesquisador, justamente por levar em consideração tanto o ponto de vista teórico quanto o ponto de vista exato e quantitativo.
Sua forma de produção é dividida em 6 partes:
- Escolha do tema e da pergunta de pesquisa;
- Decidir quais serão os critérios utilizados para decidir o conteúdo consultado;
- Avaliar qual tipo de informação deve ser buscada nesses conteúdos;
- Avaliar os estudos;
- Fazer a interpretação do que foi descoberto;
- Sintetizar o novo conhecimento.
Portanto, esse tipo de revisão pode ser útil principalmente nos casos em que uma pessoa quer estudar a implementação de um novo método, tanto do ponto de vista estatístico quanto por meio do estudo de caso feito pelas pessoas envolvidas, as pessoas que propriamente vivenciaram o método.
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O que é revisão sistemática?
A revisão sistemática caracteriza-se como um método quantitativo de revisão de dados.
Isso significa que ela foca apenas em estatísticas e números, sem levar em consideração exatamente a parte literária.
Sendo assim, essa forma de revisão é muito mais presente em trabalhos de exatas ou trabalhos de análises de implementação que visam apenas os ganhos adquiridos em determinado período de tempo, por exemplo.
Mesmo assim, a revisão sistemática é essencial quando há a necessidade de se fazer uma análise focando em números e utilizando apenas fontes primárias.
Esse é um dos requisitos para se fazer uma revisão sistemática.
Portanto, aprenda um pouco mais sobre ela também para que você consiga decidir qual seria a melhor opção.
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Quais as diferenças entre as duas?
Entender sobre ambas não é suficiente: você deve entender também quais são as diferenças principais existentes entre as duas.
Em primeiro lugar, a revisão sistemática é feita para um problema específico, para uma forma de pergunta específica.
Ela considera-se, muitas vezes, como uma solução para essa pergunta.
Enquanto isso, a revisão integrativa vista achar resultados quantitativos, mas também analisá-los de acordo com diferentes autores e perspectivas sem ter uma resposta exata.
Em segundo lugar, a revisão sistemática tem como marco, principalmente, a utilização única de fontes primárias; enquanto isso, a revisão integrativa é formada tanto pela utilização de fontes primárias quanto pela utilização de fontes secundárias.
Por fim, as duas são extremamente úteis mas servem para finalidades diferentes:
- a sistemática pretende apenas demonstrar resultados;
- a integrativa visa fazer análises e até mesmo abrange ainda mais diferentes pontos de vista acerca dos resultados.
Sendo assim, vale a pena analisar as duas formas de revisão e então decidir qual das duas mais combina com o seu estilo e mais se adequa às coisas que você quer responder e descobrir em sua pesquisa científica.